Tendência temporal de afastamento do trabalho em servidores públicos (1995-2005)

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Epidemiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-06

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a tendência temporal das taxas de afastamento do trabalho por problemas de saúde de servidores públicos estaduais, das Secretarias de Estado da Saúde e da Administração do Estado de Santa Catarina, no período de 1995 a 2005. MÉTODOS: Estudo ecológico exploratório de séries temporais com utilização de dados secundários. Foram calculadas as taxas de afastamento segundo secretaria, sexo e grupos de patologias. Utilizou-se o procedimento de Prais-Winsten para a análise de tendência. RESULTADOS: Foram analisados 40.370 afastamentos. A tendência das taxas de afastamento foi de decréscimo para ambas as secretarias, considerando ambos os gêneros. Para o gênero feminino da SEA, a tendência foi de estabilidade. As taxas foram mais elevadas na SES. O número médio de dias de afastamento aumentou no decorrer do período analisado. Segundo os grupos de patologias (CID 10), as maiores taxas foram encontradas nos capítulos V, XIII, XXI, XIX e IX. CONCLUSÕES: A tendência de decréscimo das taxas de afastamento e o respectivo aumento da média de dias de afastamento refletem mudanças no perfil de morbidade dos servidores públicos, com o predomínio de transtornos mentais e doenças do sistema osteomuscular, que exigem maior tempo de recuperação para o retorno ao trabalho. O estudo sugere a investigação de fatores associados ao adoecimento que fundamentem as políticas de saúde do servidor.

ASSUNTO(S)

setor público saúde do trabalhador trabalhadores perfil de saúde absenteísmo licença médica

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