Tendência temporal da taxa de detecção de hepatite B no estado de Santa Catarina, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

A hepatite B é um grave problema de saúde pública. O estado de Santa Catarina apresenta áreas de alta endemicidade. O objetivo deste estudo foi descrever a tendência temporal da taxa de detecção de hepatite B no período de 2002 a 2009 em Santa Catarina e em suas macrorregiões. Foi realizado um estudo de séries temporais com dados de notificação. As taxas brutas foram calculadas e padronizadas por idade pelo método direto. Estimou-se a variação anual por intermédio de regressão linear segmentada. O estado apresentou duas tendências significativas distintas. De 2002 a 2006, observou-se aumento significativo de 5,9% ao ano. A partir de 2006, queda significativa de 6,4% ao ano. Também nesses períodos, as macrorregiões Sul e Extremo-Oeste apresentaram aumentos significativos de 15,9% e 4,6% e quedas significativas de 7,5% e 4,8%, respectivamente. A Grande Florianópolis e o Nordeste também apresentaram aumentos significativos até 2006, de 15,4% e 17,4% respectivamente. No período seguinte, ocorreram quedas não significativas de 5,8% e 9,8%, respectivamente. A Foz do Rio Itajaí e o Planalto Serrrano apresentaram aumentos não significativos até a metade do período estudado de 21,1% e 12,0%, respectivamente, e depois, quedas significativas de 21,5% e 18,0%, respectivamente. O Vale do Itajaí mostrou queda significativa de 9,7%; o Planalto Norte, queda não significativa de 0,6% e o Meio-Oeste, aumento não significativo de 2,7% por ano, no período de 2002 a 2009.

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