Tendência e desigualdade no uso de anticolinesterásicos para tratamento de doença de Alzheimer dispensados pelo sistema de saúde público do Brasil – 2008 e 2014: uma análise nacional

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2018-07

RESUMO

RESUMO Devido ao custo alto de tratamento, existe uma legislação autorizando a distribuição sem custo de anticolinesterásicos para pacientes com doença de Alzheimer no Brasil. Entretanto, a existência dessa distribuição gratuita nem sempre garante uma distribuição adequada. Objetivos O presente estudo objetiva investigar a distribuição e desigualdades no uso de anticolinesterásicos (AChE) dispensados pelo Sistema de Saúde Público do Brasil. Métodos Estudo retrospectivo que coletou dados do Sistema Único de Saúde brasileiro. Foram avaliados todos os anticolinesterásicos distribuídos sem custo no Brasil durante o ano de 2014, assim como o número estimado e a porcentagem de pacientes que usavam essa medicação. Esses dados foram comparados com o ano de 2008. Resultados Estima-se que 9,7% da população que possui síndromes demenciais usa anticolinesterásicos, assim como 16,1% dos pacientes com doença de Alzheimer. Uma clara desigualdade entre o uso e a distribuição dos anticolinesterásicos foi encontrada, variando de acordo com a região. Houve um aumento na distribuição de anticolinesterásicos ao longo do tempo. Em 2008, o uso era de 12% e, em 2014, foi de 16,1%, resultando em um aumento de 34% em 6 anos. Conclusão Estima-se que 16,1% dos pacientes com doença de Alzheimer no Brasil usam anticolinesterásicos. Esses valores tiveram um aumento e, embora ainda não sejam satisfatórios, eles indicam um potencial de melhora. Entretanto, ainda foi evidenciada uma significante desigualdade entre as regiões.

ASSUNTO(S)

inibidores da colinesterase saúde pública demência doença de alzheimer

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