Técnicas de imunoprecipitação e Elisa na detecção de anticorpos anti-Fonsecaea pedrosoi na cromoblastomicose
AUTOR(ES)
Vidal, Mônica Scarpelli Martinelli, Castro, Luis Guilherme Martins de, Cavalecate, Sônia Cristina, Lacaz, Carlos da Silva
FONTE
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-12
RESUMO
Cromoblastomicose (CBM) é infecção subcutânea causada por vários fungos demáceos. O agente mais importante no Brasil é Fonsecaea pedrosoi, que se apresenta nas lesões como células de coloração acastanhada, com divisão transversal e longitudinal, originando as denominadas "células muriformes". Esta infecção apresenta caráter universal, mas países como Madagascar e Brasil apresentam alta incidência. O diagnóstico é realizado através dos exames clínico, direto e histopatológico, acompanhado de cultura e identificação do agente etiológico. Os testes sorológicos foram aplicados para identificar anticorpos específicos frente a antígenos de Fonsecaea pedrosoi e várias metodologias têm sido empregadas para identificação sorológica e o diagnóstico da CBM. Neste estudo, avaliamos reações de imunodifusão dupla (DID), contraimunoeletroforese (CIE) e teste imunoenzimático (ELISA) para avaliar a resposta imune humoral na CBM causada por F. pedrosoi. Utilizamos antígeno metabólico para DID e CIE e antígeno somático para ELISA. Nossos dados revelaram 53% e 68% de sensibilidade e 96% e 90,5% de especificidade, respectivamente. O teste de ELISA demonstrou 78% de sensibilidade e 83% de especificidade. Estes resultados indicam que as reações sorológicas podem ser uma ferramenta útil no auxílio diagnóstico desta infecção, quando a cultura do agente não for possível.
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