Técnica de reparo in situ das lesões parciais da superfície articular do tendão do supraespinal
AUTOR(ES)
Paim, Arildo Eustáquio
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-06
RESUMO
RESUMO OBJETIVO: Demonstrar a técnica de reparo in situ das lesões de espessura parcial da superfície articular de alto grau do tendão do supraespinal (SE). O procedimento consiste no reparo cirúrgico dessas lesões por via artroscópica, sem a necessidade de completar a lesão, como ocorre na técnica clássica tradicional. É feita uma pequena incisão longitudinal no sentido das fibras intactas bursais, por onde são introduzidas as âncoras de fixação óssea, o que torna mais fácil o procedimento. Essas âncoras são transferidas para o tendão e assim se faz o reparo da lesão. MÉTODOS: Foram operados 48 ombros de 2010 a 2015. O seguimento mínimo foi de 12 meses e o máximo de 60. A idade variou de 38 anos a 75 (média de 54). Foram indicadas para o reparo as lesões sintomáticas de alto grau que apresentassem pelo menos 30% da fibras superiores bursais intactas e de boa qualidade. RESULTADOS: Os pacientes foram avaliados segundo os critérios da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), obtiveram-se resultados excelentes em 69%, bons em 17%, razoáveis em 7% e ruins em 7%. Os resultados razoáveis ocorreram em três pacientes que apresentavam sintomas associados de poliartralgia e permaneceram com dor residual. Três pacientes desenvolveram rigidez articular no pós-operatório (7%). CONCLUSÃO: O procedimento em estudo é seguro e de fácil reprodutibilidade e apresenta altos índices de resultados positivos (86%). A abertura feita no lado bursal do tendão do SE permitiu a manutenção do artroscópio no espaço subacromial e tornou mais fácil a cirurgia.
ASSUNTO(S)
articulação do ombro/lesões articulação do ombro/cirurgia artroscopia
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