Técnica de "clip-wrap" no tratamento de aneurismas rotos não clipáveis
AUTOR(ES)
Figueiredo, Eberval Gadelha, Foroni, Luciano, Monaco, Bernardo Assumpção de, Gomes, Marcos Q.T., Sterman Neto, Hugo, Teixeira, Manoel Jacobsen
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-02
RESUMO
Aneurismas fusiformes são lesões de difícil tratamento e frequentemente necessitam de técnicas alternativas de tratamento, incluindo anastomose extra-intracranial ou técnicas de "clip-wrap". Contudo o uso destas técnicas é frequentemente esquecido e negligenciado. OBJETIVO: Descrever retrospectivamente casuística de nove casos de aneurismas não clipáveis tratados com a técnicas de "clip-wrap" e discutir as nuances cirúrgicas. RESULTADOS: Revisão dos últimos quatro anos da casuística da Divisão de Clínica Neurocirúrgica do HCFMUSP mostrou que 384 casos eram de aneurismas rotos. Destes, 9 eram de aneurismas não clipáveis tratados com a técnica de "clip-wrap". Destes, 2 aneurismas eram de artéria cerebral media, 1 de artéria coroidéia anterior, 1 de artéria comunicante anterior, 3 de artéria oftálmica, 1 de artéria cerebral posterior e 1 de PICA. Três eram lesões ectásicas, 4 não puderam ser completamente clipados devido a relação de aneurismas com vasos eferentes, aferentes ou perfurantes, e dois, apesar de rotos eram pequenos demais para serem clipados (<2,0 mm). Sangramento precoce ou tardio não foram observados, em um seguimento médio de 2 anos. CONCLUSÃO: A técnica descrita é segura e está associada com baixa incidência de complicações agudas ou tardias. Ela previne ressangramanto e representa um avanço em relação à história natural destas lesões.
ASSUNTO(S)
aneurismas tratamento cirúrgico
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