Taxonomia e interação parasito-hospedeiro na infecção de mixosporídeos em pintado (Pseudoplatystoma corruscans) e cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) oriundos de ambiente natural e de sistemas de cultivo / Taxonomy and host-parasite interaction in the infection of myxosporeans in pintado (Pseudoplatystoma corruscans) and cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) from the natural environment and fish farms

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/07/2010

RESUMO

Parasitos do filo Myxozoa são cosmopolitas, infectam peixes em diversas regiões e estão entre os mais importantes patógenos de peixes, tanto em ambiente natural, como em sistemas de criação, onde podem causar prejuízos importantes. Este trabalho teve por objetivo o estudo da interação parasito-hospedeiro em infecções de peixes do gênero Pseudoplatystoma, pintado (Pseudoplatystoma corruscans), cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) e o híbrido (pintado x cachara), causadas por parasitos do filo Myxozoa. Os peixes estudados foram oriundos de ambiente natural, Pantanal Mato-Grossense e de sistemas de criação, pisciculturas dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Durante este trabalho foi possível estudar e descrever duas novas espécies de Henneguya infectando Pseudoplatystoma spp. Henneguya sp. 1 foi descrito infectando pintado híbrido de sistemas de criação nos Estados de São Paulo e Mato Grosso e as respectivas prevalências foram 100 e 36, 7%. Devido à intensidade de infecção, com vários plasmódios em um mesmo filamento, o desenvolvimento do parasito produziu importante redução de área do epitélio branquial. A análise ultra-estrutural revelou uma única parede plasmodial ligada à zona do ectoplasma por vários canais de pinocitose. A outra espécie (Henneguya sp. 2) foi encontrado infectando simultaneamente brânquia de exemplares de pintado e cachara obtidos em ambiente natural, no Pantanal Mato-Grossense. A prevalência foi de 17,1% para ambas espécies de peixes examinados. A análise histopatológica revelou o desenvolvimento do parasito no tecido conectivo sub-epitelial do filamento branquial, estando os plasmódios envolvidos por uma cápsula de tecido conectivo. O plasmódio produziu uma leve compressão dos tecidos adjacentes, mas nenhum infiltrado inflamatório foi observado no sítio da infecção. A análise ultra-estrutural mostrou uma única parede plasmodial conectada com o ectoplasma através de numerosos canais de pinocitose.

ASSUNTO(S)

mixozoa ultraestrutura (biologia) peixe-parasito mixozoa ultrastructure (biology) fish-parasite

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