TAXA DE REMISSÃO DO DIABETE EM DIFERENTES IMCS APÓS BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/03/2018

RESUMO

RESUMO Racional: Diabete mellito tipo 2 apresenta alta taxa de remissão em longo prazo após derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR), mas poucos estudos analisaram pacientes com IMC <35 kg/m2. Objetivo: Comparar o controle glicêmico de pacientes após DGYR entre IMC 30-35 kg/m2 (grupo intervenção ou GI) e >35 kg/m2 (grupo controle ou GC) e avaliar a perda de peso, comorbidades e morbidade cirúrgica. Método: Sessenta e seis pacientes diabéticos (30 no grupo GI e 36 no GC) foram submetidos à DGYR. Dados foram coletados anualmente após a operação e analisados com equações de estimativa generalizada. Resultados: A média de seguimento foi 4,3 anos. Não houve diferença estatística entre os grupos usando critérios de remissão completa da American Diabetes Association (OR 2,214, 95%IC 0,800-5,637, p=0,13). Houve diferença significativa entre os grupos usando critérios de remissão parcial da American Diabetes Association (p=0,002), favorecendo o grupo GC (OR 6,392, 95%IC 1,922-21,260). O grupo com IMC maior também teve menores níveis de HbA1c (-0,77%, 95%IC -1,26 a -0,29, p=0,002). Não houve diferença significativa na remissão de hipertensão, dislipidemia e morbidade cirúrgica, enquanto o peso foi melhor controlado no grupo GI. Conclusão: Nenhuma diferença foi encontrada na remissão completa do diabete, embora maior remissão parcial e menores níveis de hemoglobina glicada no grupo com IMC >35 kg/m2 sugiram melhor resposta entre diabéticos mais obesos com DGYR. Além disso, ambos os grupos tiveram importantes modificações metabólicas às custas da baixa morbidade.

ASSUNTO(S)

diabete melito tipo 2 derivação gástrica em y-deroux obesidade cirurgia metabólica obesidade não grave.

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