Tatuagem: perfil e discurso de pessoas com inscrição de marcas no corpo
AUTOR(ES)
Lise, Michelle Larissa Zini, Cataldo Neto, Alfredo, Gauer, Gabriel Jose Chitto, Dias, Hericka Zogbi Jorge, Pickering, Viviane Leal
FONTE
Anais Brasileiros de Dermatologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-10
RESUMO
FUNDAMENTOS: A tatuagem é um fenômeno atávico e difuso que suscita abordagem por diversos saberes. Sua utilização por grupos específicos como prisioneiros e pacientes psiquiátricos sempre a manteve associada a um caráter de estigma. OBJETIVOS: Buscar o discurso do tatuado acerca da discriminação e da construção de estigmas a partir da inscrição de marcas no corpo. MÉTODOS: Foram analisadas entrevistas de 42 indivíduos. RESULTADOS: O perfil obtido foi de maioria de mulheres; com duas a quatro tatuagens; com 23 anos ao fazê-las; com formação superior completa; que acham que era moda fazer tatuagens; que não referem nenhum fato marcante que os tenha levado a fazer o desenho; que classificam a dor como suportável; que afirmam que nunca se sentiram discriminados; que nunca esconderam sua tatuagem; que acham que a tatuagem é um atrativo sexual; que não veem a tatuagem como uma forma de resistência cultural; que deixariam de fazê-la se lhes trouxesse prejuízo profissional; que dizem não ter usado álcool quando fizeram o desenho; que afirmam não serem usuários habituais de drogas; que acham que a tatuagem é uma forma de se expressar e de se embelezar. CONCLUSÕES: Percebeu-se que existe uma diferença entre o discurso do tatuado e os seus atos, quanto ao contexto social, e verificou-se uma importante mudança no significado da prática para o tatuado.
ASSUNTO(S)
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