Tarifas horosazonais no Brasil : perspectivas de inovações metodológicas e estudo de caso na CPFL / Seasonal Tariffs in Brazil : Perspectives of methodological innovations and case study at CPFL

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2007

RESUMO

Durante as últimas décadas, têm-se introduzido poucas modificações no setor elétrico brasileiro no que se refere às novas modalidades de tarifas para os consumidores finais. As mudanças mais radicais foram implantadas no início da década de oitenta com a introdução das tarifas horosazonais verde e azul. O objetivo desta dissertação é testar as possibilidades de se formular novas tarifas horosazonais no País, através de uma análise crítica da aplicação destas no Brasil e no mundo, e a realização de um estudo de caso envolvendo pesquisas de campo, entrevistas e medições em consumidores industriais atendidos na categoria tarifária A4. A análise da experiência nacional aborda a implantação e o desenvolvimento das tarifas horosazonais - verde, azul e amarela - e tarifas de fornecimento interruptível no País por meio de um histórico completo dos fatos mais importantes, ocorridos desde 1957 até 2006, e de uma avaliação dos resultados a que se chegou com a implantação destas tarifas. Na análise da experiência internacional, examinaram-se os casos de França, Canadá, Estados Unidos e Portugal. O estudo de caso envolveu três pesquisas de campo. A primeira delas teve como objetivo escolher os segmentos industriais com maior potencial para a modulação de carga. Com a segunda pesquisa, conseguiu-se conhecer melhor os consumidores dos segmentos de calçados e de móveis, em termos de perfil de demanda e de detalhes de seus processos produtivos, visando estabelecer, com mais segurança, suas possibilidades de modulação de carga. A terceira pesquisa de campo permitiu o levantamento dos dados técnicos e econômicos, necessários para se fazer simulações e uma avaliação quantitativa dos impactos econômicos decorrentes de um terceiro posto tarifário para estes consumidores, na madrugada. As análises custo/benefício, realizadas no estudo de caso, levaram em conta tanto a ótica do consumidor como a da concessionária. Os resultados das simulações realizadas mostraram que os custos com mão-de-obra chegam a ser 35 vezes maiores do que aqueles com a fatura de eletricidade nestes segmentos industriais. Isto desestimula um possível deslocamento de parte da produção para o período noturno, por conta do adicional noturno no custo da mão-de-obra, mesmo com tarifas de energia elétrica muito baixas neste período

ASSUNTO(S)

energia eletrica - consumo - custos energia eletrica - tarifas energia eletrica - taxas electric power electric power energy

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