Tamponamento cardíaco por cateter central de inserção periférica em prematuros: papel da ultrassonografia à beira do leito e abordagem terapêutica.

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/07/2018

RESUMO

RESUMO Objetivo: determinar a incidência de derrame pericárdico com tamponamento cardíaco em recém-natos prematuros em uma unidade de terapia intensiva pediátrica, com ênfase na relação entre o derrame pericárdico e a inserção de cateter central de inserção periférica, e avaliar o papel da ultrassonografia à beira do leito na abordagem desses casos. Métodos: análise retrospectiva dos pacientes internados em unidade de terapia intensiva pediátrica, entre julho de 2014 e dezembro de 2016, que apresentaram derrame pericárdico com repercussão hemodinâmica, avaliados por ultrassonografia. Resultados: foram estudados 426 pacientes admitidos na unidade neonatal de cinco leitos, com realização 285 ultrassonografias à beira do leito. Foram encontrados seis casos de derrame pericárdico, sendo quatro casos com choque obstrutivo e necessidade de realização de drenagem pericárdica, sem mortalidade relacionada ao procedimento e com melhora hemodinâmica em todos os pacientes após o procedimento. A incidência de derrame pericárdico foi de 2,4 casos por ano. Conclusão: a incidência de derrame pericárdico é baixa em neonatos, porém o diagnóstico precoce é fundamental devido à alta morbimortalidade, especialmente nos casos de instalação abrupta. Todos os casos foram diagnosticados pela ultrassonografia à beira do leito, demonstrando sua importância no rastreio desses casos, especialmente em nos quadros de choque de etiologia incerta e neonatos com instabilidade hemodinâmica de início súbito que estão em uso de acesso venoso central.

ASSUNTO(S)

derrame pericárdico tamponamento cardíaco recém-nascido prematuro unidades de terapia intensiva neonatal

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