Tamanho corpóreo, reprodução em fêmeas e dimorfismo sexual no lagarto Ameiva ameiva (Teiidae) em uma restinga do sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zoologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

Neste estudo foram analisados 57 espécimes do lagarto teiideo Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) (22 fêmeas e 35 machos) coletados na restinga de Barra de Maricá, no estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil, para investigar alguns aspectos reprodutivos das fêmeas e o dimorfismo sexual nessa população. O estudo visou responder às seguintes questões: 1) Qual o comprimento corpóreo mínimo das fêmeas na maturidade nesta população? 2) Qual o tamanho médio (número de ovos produzidos) da ninhada? 3) Há relação entre o tamanho corpóreo das fêmeas e o tamanho da ninhada (número de ovos)? 4) Há dimorfismo sexual no tamanho do corpo e da cabeça? O comprimento rostro-cloacal (CRC) médio dos machos adultos de A. ameiva (124,2 ± 17,8 mm) foi significativamente maior que o das fêmeas adultas (96,5 ± 23,1 mm de CRC). A massa corpórea dos machos (71,3 ± 27,3 g) foi significativamente superior àquela das fêmeas (26,7 ± 20,9 g). Analisamos a relação entre o tamanho corpóreo das fêmeas sobre o tamanho da ninhada produzida. O tamanho médio da ninhada das fêmeas de A. ameiva foi de 6,7 ± 2,1 ovos, estando positiva e significativamente relacionado com o CRC da fêmea. Os dados sugerem que, a despeito da sazonalidade do ambiente na restinga Barra de Maricá, A. ameiva parece possuir uma atividade reprodutiva extensa e que a seleção intra-sexual parece ter atuado nas fêmeas para produzir maiores ninhadas e, nos machos, resultando em um maior tamanho do corpo e da cabeça, devido às vantagens associadas aos machos de maiores tamanhos terem acesso favorecido a fêmeas em encontros agonísticos entre machos.

ASSUNTO(S)

atividade reprodutiva relação tamanho corpóreo e fecundidade reprodução tamanho mínimo na maturidade tamanho da ninhada

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