Talidomida: indicações em Dermatologia

AUTOR(ES)
FONTE

Anais Brasileiros de Dermatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-10

RESUMO

A talidomida, descoberta na Alemanha Oriental, em 1954, mostrou vários efeitos terapêuticos: antiemético, sedativo e hipnótico. De 1959 a 1961, foram descritas cerca de 12.000 crianças nascidas com defeitos teratogênicos. Seu uso foi, conseqüentemente, suspenso. Sheskin, entretanto, recomeçou a usar a droga e verificou efeito benéfico no eritema nodoso leprótico. A talidomida é derivada do ácido glutâmico. Sua eliminação urinária é mínima (1%). Tem ações: antiinflamatória, imunomoduladora e antiangiogênica. Tem sido usada, com certo êxito terapêutico, em algumas entidades mais adiante estudadas. O principal efeito adverso é teratogênico: alterações nos membros, orelhas, olhos e órgãos internos. Supõe-se que esses efeitos teratogênicos decorram da ação antiangiogênica. Outros efeitos adversos: cefaléia, secura da pele e da mucosa da boca, prurido, erupção cutânea, aumento de peso, hipotireoidismo, neutropenia, bradicardia ou taquicardia e hipotensão. Interage com outros fármacos: barbitúrico, clorpromazina, reserpina, álcool, acetaminofen, histamina, serotonina e prostaglandina.

ASSUNTO(S)

eritema nodoso prurido talidomida talidomida terapêutica

Documentos Relacionados