Sustentabilidade de unidades de produção agrícola familiar, avaliada pela ferramenta ApoiaNovorural na região do Planalto, Montes Claros MG
AUTOR(ES)
Reginaldo Proque
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
08/02/2010
RESUMO
O objetivo desta pesquisa foi verificar a sustentabilidade agroambiental e socioeconômica de agroecossistemas adotados por agricultores familiares da Comunidade Planalto, em Montes Claros-MG. A metodologia utilizada foi o Sistema de Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de Atividades do Novo Rural (APOIA-NovoRural). Utilizou-se uma análise quantitativa. Mensurou-se esse sistema, nas seguintes dimensões: ecologia da paisagem; qualidade dos compartimentos ambientais atmosfera, água, solo; valores socioculturais; valores econômicos; gestão e administração, envolvendo 62 indicadores. Como resultados para os indicadores ligados à Ecologia da paisagem; à Qualidade ambiental da atmosfera, água e solos; e Valores Econômicos, todas as unidades apresentaram valores acima do valor de referência (baseline 0,70), sendo 0,71; 0,73 e 0,72 para ecologia da paisagem, respectivamente, para as unidades 1,2 e 3, o que demonstra que há harmonia entre as atividades agrícolas e a preservação ambiental. Para a Qualidade ambiental da atmosfera, água e solos, foram, em média, 0,78; 0,81 e 0,8, respectivamente, para as unidades 1,2 e 3. Esses dados demonstram que a atividade agrícola não tem causado poluição aos recursos hídricos, nem prejudicado a qualidade do ar e os solos apresentam atributos químicos que garantem o bom desenvolvimento das plantas. Para Valores Econômicos, os valores encontrados foram 0,83. 0,81 e 0,8, respectivamente, para as unidades 1, 2 e 3, o que demonstra que a remuneração dos agricultores tem sido satisfatória. Para os indicadores ligados aos valores socioculturais e Gestão/ Administração, todas as unidades apresentaram valores abaixo do valor de referência (baseline 0,70), sendo 0,60, 0,61 e 0,62, respectivamente, para as unidades 1, 2 e 3, para os indicadores da dimensão valores socioculturais. O acesso precário ao emprego e a exposição aos agrotóxicos contribuíram significativamente para o baixo valor apresentando pelas unidades 1, 2 e 3. Para os indicadores de gestão e administração, todas as unidades produtivas tiveram um desempenho abaixo do valor de referência (baseline 0,7), sendo 0,42, 0,49 e 0,51, respectivamente, para as unidades 1, 2 e 3. A inexistência de práticas básicas de fluxo de caixa e a gestão precária de resíduos contribuíram significativamente para o desempenho insatisfatório das unidades produtivas. Os valores finais apresentados pelas unidades 1, 2 e 3 foram acima do valor de referência (Baseline 0,70), respectivamente (0,70, 0,72 e 0,72). Conclui-se que todas as unidades de produção pesquisadas obtiveram um bom desempenho e são sustentáveis para a metodologia adotada. No entanto, por não contemplar os princípios da transição agroecológica, essa metodologia deve ser utilizada apenas de forma complementar.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/NCAP-8BFPMUDocumentos Relacionados
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