Supplementation strategies for beef cattle grazing tropical pastures during the rainy season / Estratégias de suplementação de bovinos de corte em pastagens durante o período das águas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

No presente estudo foram conduzidos dois experimentos, com o objetivo de avaliar doses e fontes de suplementos múltiplos para bovinos de corte recriados em pastagens durante o período das águas. Adicionalmente, estudou-se o impacto dessa tecnologia sobre a terminação desses animais em confinamento, bem como a rentabilidade dos tratamentos. No experimento 1, foi testado o efeito de 4 doses diárias de suplementos em função do peso vivo (PV) dos animais: T0 (0% do PV), T0,3 (0,3% do PV), T0,6 (0,6% do PV) e T0,9 (0,9% do PV). O suplemento utilizado continha 20% de proteína bruta na matéria natural. Foram utilizados 72 bovinos machos inteiros, cruzados, com aproximadamente 222 kg de PV inicial, distribuídos em blocos casualizados (2 blocos, 4 tratamentos e 4 períodos). Foi observado aumento linear (P<0,05) no ganho de peso diário (0,595; 0,673; 0,810; 0,968 kg dia–1), na taxa de lotação da pastagem (4,50; 5,33; 5,58; 6,12 UA ha-1) e na produção total de arrobas na fase de pasto (16,34; 22,78; 25,86; 33,82 @ ha-1) com doses crescentes do suplemento. Na fase de confinamento não foram observados efeitos (P<0,05) dos tratamentos sobre o consumo de matéria seca, conversão alimentar, ganho de PV e peso da carcaça quente. Os animais do T0,9 apresentaram maior (P<0,01) acabamento de gordura (6,07 e 3,93 mm) e menor tempo de confinamento (143,1 e 169,3 dias) que os do T0,0. O rendimento de carcaça foi maior (58,1; 58,0) (P<0,01) para os animais do T0,6 e T0,9 que para os do T0 (55,6%). De acordo com a avaliação econômica, a taxa interna de retorno (TIR) foi maior para o T0,6 que para os demais tratamentos. No experimento 2, foram utilizados 80 bovinos machos inteiros, cruzados, com aproximadamente 244 kg de PV inicial. Foram comparados 4 suplementos diferentes, fornecidos na dose de 0,6% do PV: TSE (suplemento energético, rico em subprodutos, com 11,32% de PB); TSFA (suplemento protéico rico em subprodutos e farelo de algodão, com 20,35% de PB); TSU (suplemento protéico rico em subprodutos e uréia protegida, com 20,51% de PB); TAFA (suplemento protéico, rico em amido e farelo de algodão, com 20,96% de PB na MS). Não foram observadas diferenças (P>0,05) no ganho de peso diário (kg cab-1) na taxa de lotação (UA ha-1) e produtividade (kg PV ha-1) entre os tratamentos na fase de pasto. Na segunda etapa deste experimento, os animais foram confinados. Não houve efeito (P>0,05) dos tratamentos aplicados na fase de pasto sobre o consumo de matéria seca, conversão alimentar durante o confinamento, porém houve diferença (P<0,05) quanto ao ganho de PV diário (1,67 e 1,42 kg dia-1), PV final (547,75 e 509,23 kg) e peso da carcaça quente (294,55 e 270,60 kg) entre o TSU, quando comparado ao TAFA respectivamente. O TSU apresentou a maior taxa interna de retorno (TIR).

ASSUNTO(S)

suplementos energéticos para animais pastagens intensification suplementos protéicos para animais protein energy confinamento animal bovinos de corte multiple supplements cruzamento animal animal production

Documentos Relacionados