Suplementação protéica, uso de subprodutos agroindustriais e processamento de milho em dietas para vacas leiteiras em confinamento. / Protein supplementation, by-products and corn processing for lactating dairy cows.
AUTOR(ES)
Hugo Imaizumi
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Na intenção de avaliar o efeito da suplementação protéica, uso de subprodutos agroindustriais e o processamento de milho, foram conduzidos quatro experimentos. No experimento I, avaliou-se formas de processamento de milho (milho moído, M; e resíduo de pipoca doce, P) e fontes protéicas (farelo de soja, FS; uréia, U; ou farinha de peixe, FP), combinando-os para formar quatro tratamentos: MFS (M + FS); PFS (P + FS); PFP (P + FS + FP); PU (P + U). Comparado ao milho moído (MFS), o resíduo de pipoca doce (PFS) diminuiu os teores de gordura e proteína no leite. Em relação às fontes protéicas (PFS x PFP x PU), observou-se que a maior produção leiteira foi obtida no tratamento PFS. A farinha de peixe (PFP) levou ao menor teor de gordura no leite, mas aumentou o teor protéico no leite. No experimento II, avaliou-se os efeitos da inclusão de três teores (0,15 e 30% da MS) de farelo de algodão (FA) em substituição ao farelo de soja na dieta. O consumo de MS não foi afetado pelos tratamentos, contudo a inclusão de FA levou a efeitos lineares negativos sobre a produção de leite e teor e produção de proteína e efeitos lineares positivos sobre o teor e produção de gordura no leite. No experimento III, comparou-se os efeitos de uma dieta basal com 16% de PB contra duas outras com 17,5% de PB, sendo esses incrementos obtidos através da adição de uréia (U-17,5, resultando em aumento de proteína degradável no rúmen, PDR) ou farelo de soja e de algodão (FSFA-17,5, resultando em aumento de proteína metabolizável, PM). O aumento do teor de PDR (U-17,5) tendeu a aumentar o consumo de MS em relação à dieta basal. A produção de leite elevou-se com o aumento de PM (FSFA-17,5), não ocorrendo o mesmo com o aumento de PDR (U-17,5). O teor e a produção de proteína no leite também elevou-se com o fornecimento extra de PM. Concluiu-se que a elevação do teor de PM para valores acima das recomendações propostas pelo National Research Council - NRC (2001) para vacas produzindo ao redor de 29 kg/d melhorou as produções de leite e de proteína no leite. O experimento IV consistiu de dois ensaios. No primeiro, os tratamentos continham 0 (RUC-0), 10 (RUC-10) ou 20% (RUC-20) de resíduo úmido de cervejaria (RUC). Todas as dietas continham 1% de uréia. Um quarto tratamento isoprotéico, com 2% de uréia substituindo parcialmente o farelo de soja, sem RUC, foi utilizado. O consumo de MS não foi afetado. A produção de leite e o teor e produção de proteína no leite aumentaram com a inclusão de RUC e foram prejudicados com o fornecimento de 2% de uréia. No ensaio 2, foram comparados o RUC fresco com o RUC ensilado com milho moído. Ambos os tratamentos eram isoprotéicos e continham proporções semelhantes de milho moído e RUC. O consumo de MS, produção de leite e os teores e produções de gordura e proteína no leite não foram afetados pelos tratamentos.
ASSUNTO(S)
ruminal degradable protein metabolizable protein bovino leiteiro suplementos protéicos para animais soybean meal dairy cattle confinamento animal subprodutos para animais milho processamento urea dieta animal ruminant nutrition
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