Suplementação nutricional em sistemas de produção de leite a pasto / Nutritional supplementation in the milk production from pasture system

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Foram realizados 3 experimentos com o objetivo de avaliar as estratégias de alimentação de vacas leiteiras mantidas em pastagens de quicuio (Pennisetum clandestinum L.) e azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) no Planalto Sul de Santa Catarina. No experimento 1 foram utilizadas 10 vacas da raça Holandês em lactação mantidas sob pastejo rotacionado em pastagem de quicuio por um período de 3 anos. As vacas foram suplementadas, com um concentrado energético (9% de PB) ou energético-protéico (20% de PB). O nível de PB no suplemento concentrado não afetou a produção de leite (PL) (P>0,05), com produções médias de 15,6 e 15,6 kg/vaca/dia para 9 e 20% de PB, respectivamente. O experimento 2 avaliou a utilização de 2 suplementos energéticos para vacas leiteiras em pastagem de quicuio. Utilizou-se 11 vacas em média nos 2 anos de avaliação com período de lactação médio de 126 dias ao início do experimento. As vacas foram suplementadas com 5 kg casca de soja moída (CS) ou grão de milho moído. O suplemento energético não afetou (P>0,05) a PL, PL corrigida para 4% de gordura, % de proteína, produção de proteína, % de lactose e de sólidos totais do leite. Contudo, a CS determinou maior produção de gordura (0,686 vs. 0,620 kg/vaca/dia; P=0,0002), teor mais elevado de gordura (3,59 vs. 3,44%; P=0,06) e de nitrogênio uréico no leite (15,0 vs. 11,8 mg/dL; P=0,0001). No experimento 3 foi avaliado o efeito da quantidade de um suplemento energético sobre o consumo de forragem e a PL em vacas pastejando azevém anual. Os tratamentos foram 2 e 4 kg de grão de milho moído/vaca/dia e utilizou-se 8 vacas da raça Holandês, no terço médio de lactação. A oferta de MS foi 35 kg/vaca/dia (6,46 kg/MS/100 kg/peso vivo). As características da forragem oferecida e as características da pastagem após a saída dos animais não variaram (P>0,05) entre piquetes. A digestibilidade da MO da forragem ingerida foi 76,1 ± 2,7%. O consumo de MO de forragem (13,5 ± 1,8 kg/dia), a produção de leite (22,5 ± 0,9 kg), o teor de gordura (32,4 ± 2,5 g/kg) e de proteína do leite (28,5 ± 0,8 g/kg) não variaram com o nível de suplementação. Vacas leiteiras com potencial de produção de até 22,5 kg/dia, após o pico de produção, pastejando azevém anual manejado com alta oferta de forragem, não respondem a suplementação com mais de 2,0 kg de grão de milho moído. Deste modo, por meio de diferentes sistemas de suplementação em pastagem, é possível concluir que vacas de média produção de leite não respondem em PL pela inclusão de suplementos concentrados em quantidades moderadas.

ASSUNTO(S)

produção animal gado leiteiro suplemento alimentar produçao de leite

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