Sujeitos sem voz: agenda e discurso sobre o Ãndio na mÃdia em Pernambuco

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O jornalismo passou a exercer um papel fundamental na produÃÃo de conhecimento e na formaÃÃo de consensos na sociedade. Na esfera pÃblica, os meios de comunicaÃÃo tornaram-se um segmento legitimado para debater assuntos de maior ou menor influÃncia no cotidiano. Mesmo com um aparente consenso sobre a necessidade de pÃr fim ao processo de exclusÃo social, paradoxalmente, a imprensa muitas vezes serve para reforÃar o status quo. Esta dissertaÃÃo visa a explicar como a ideologia està presente em todos os segmentos de nossa vida, de forma subjacente, atingindo tambÃm os meios de comunicaÃÃo. A imprensa acaba, assim, por refletir em seu discurso a ideologia dominante, baseando-se no senso comum da sociedade. A partir desta anÃlise, apresentamos as conclusÃes que foram tiradas acerca da presenÃa de grupos excluÃdos na pauta da imprensa â ou seja, na esfera pÃblica â e de que forma se dà o discurso midiÃtico sobre o indÃgena. Para empreender a anÃlise proposta, tomamos como referencial teÃrico a Teoria do Agenda-setting, que estuda a notÃcia como um fato marcado ideologicamente de modo subliminar e imperceptÃvel. Ainda como arcabouÃo teÃrico da pesquisa, esta dissertaÃÃo parte da perspectiva da AnÃlise do Discurso Francesa, que nos ajuda a observar o discurso como a expressÃo de vÃrias vozes sociais (polifonia). O silenciamento de determinados sujeitos e as caracterÃsticas do discurso jornalÃstico sÃo analisadas segundo estas duas perspectivas teÃricas. O objeto de estudo desta dissertaÃÃo à o discurso jornalÃstico sobre o indÃgena na imprensa em Pernambuco. Para isso, foi feita uma retrospectiva da chegada dos portugueses ao PaÃs, do inÃcio do silenciamento do discurso indÃgena na histÃria, a formaÃÃo da identidade brasileira e o pensamento vigente sobre o Ãndio no imaginÃrio social

ASSUNTO(S)

mÃdia comunicacao Ãndio discurso

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