SUBSÍDIOS PARA O PLANEJAMENTO DO MANEJO DE FLORESTAS TROPICAIS DA AMAZÔNIA / SUPPORT TO MANAGEMENT PLANNING IN AMAZONIA TROPICAL FORESTS

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Esta pesquisa visa levantar procedimentos que devem ser incluídos nos planos de manejo. O trabalho está dividido em sete capítulos. No primeiro capítulo, são mencionados introdução, justificativa e objetivos do trabalho. No segundo capítulo, é realizada a revisão bibliográfica sobre o manejo das florestas naturais tropicais, avaliando as dificuldades, condições gerais e específicas para implantação efetiva do manejo das florestas naturais tropicais. No terceiro capítulo, foi definido o ponto fundamental do trabalho: propor um procedimento para cálculo da taxa de corte utilizando o método de Área Basal Máximo DAP-q em combinação com o crescimento de espécies com ritmo semelhante, baseado em seu incremento percentual em volume. No quarto capítulo, é detalhado o procedimento sugerido de planejamento da exploração, o planejamento de rede de estradas, o cálculo do ciclo de arraste e carga do skidder, além de projetado o dimensionamento das equipes e das performances e comparado com resultados obtidos na exploração. No quinto capítulo, utilizando-se o método de razão de movimentação, alimentado com dados de crescimento das espécies segundo as parcelas permanentes, é feita uma projeção das classes diamétricas visando avaliar a sustentabilidade da taxa de corte para o período considerado. No sexto capítulo, é apresentada uma proposta de monitoramento das empresas com alguns resultados de pesquisas já realizadas na área ou em compartimentos contíguos. E, finalmente, no sétimo capítulo, são realizadas análises de viabilidade econômica do compartimento em diferentes situações de venda da madeira. Com relação aos resultados para taxa de corte do compartimento de 547 ha, foram definidos 3 grupos de espécies com diferentes ritmos de crescimento. Assim, foram definidas intensidades de corte de 32,58% para o grupo I; 48,62% para o grupo II; e 56,23% para o grupo III. Em conjunto, a extração ficou em 50,8% sobre as classes comerciais. O potencial do compartimento era de 17.021,46 m (31,11m/ha) e a taxa de corte sustentável orçou em 8.649,97 m (15,81 m/ha). Para recuperar essa extração, será necessário um incremento médio anual de 0,63 m/ha/ano. Os cálculos de planejamento da exploração indicaram para a distância ótima entre estaleiros o valor de 540 m. A densidade ótima de estradas calculada foi de 18,49m/ha e a real obtida em campo foi 21m/ha. O número ótimo de pátios calculado foi de 24 pátios de estocagem, visando servir a 23 hectares cada um, com capacidade de 368m de madeira por pátio em duas etapas, perfazendo apenas 0,22% da área do compartimento. As cargas máximas calculadas para o skidder na unidade de produção foram de 7 ton em terreno argiloso, seco, sem estruturação e com um máximo de 15% de inclinação, e de 4,6 ton em areia solta e inclinação máxima de 10%. O tempo de ciclo médio do trator de arraste foi de 11 minutos e 42 segundos; a carga média encontrada foi de 6,11ton. A prognose de incremento indicou um incremento médio anual (IMA) de 0,64m/ha/ano nas classes comerciais (acima de 45 de DAP) e 0,67m/ha/ano nas classes acima de 25 de DAP. O ingresso nas classes comerciais foi de 4,17 árvores por hectare para um ciclo de 25 anos. Esses dados informam que a recuperação é viável para a taxa de corte considerada. Foi também simulada uma remoção de todas as classes comerciais (31,11 m/ha), e o resultado como incremento para 25 anos foi de 0,35/ha/ano, repondo apenas 28% do retirado. Isso reforça a importância da avaliação da estrutura da floresta, além da taxa de corte, para garantia de um IMA passível de reposição. A classe de DAP de máxima produção nesse povoamento é a de 75 cm. Foi elaborado um checklist para checagem da sustentabilidade do sistema de manejo utilizado, havendo boa aceitação da empresa às novas técnicas de exploração. A avaliação econômica foi positiva com relação ao valor presente líquido a uma taxa de 6% a.a., atingindo R$ 439,81/ha e R$ 240.579,31 para todo o compartimento de 547 ha.

ASSUNTO(S)

sustentabilidade florestas tropicais stand prognosis prognose do povoamento management operations sustainability recursos florestais e engenharia florestal manejo operações tropical forest sustainable allowable cut taxa de corte sustentada

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