Structure and biological functions of fungal cerebrosides
AUTOR(ES)
Barreto-Bergter, Eliana, Pinto, Marcia R., Rodrigues, Marcio L.
FONTE
Anais da Academia Brasileira de Ciências
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-03
RESUMO
Monohexosilceramidas (CMHs, cerebrosídios) são glicoesfingolipídios compostos de uma ceramida hidrofóbica ligada a uma unidade de açúcar. Em células fúngicas, CMHs são moléculas muito bem conservadas, consistindo de uma porção ceramida contendo 9-metil-4,8-esfingadienina ligada através de uma ligação amida aos ácidos 2-hidroxioctadecanoico ou 2-hidroxihexadecanoico e uma porção carboidrato constituída de uma unidade de glucose ou galactose. Ceramidas contendo 9-metil-4,8-esfingadienina são normalmente glicosiladas formando os cerebrosídios fúngicos; no entanto uma descrição recente de uma dihexosilceramida (CDH) em Magnaporthe grisea, apresentando fitoesfingosina sugere a existência de vias alternativas para a glicosilação de ceramidas nas células fúngicas. Além de suas particularidades estruturais, os CMHs de fungos apresentam uma distribuição celular incomum e funções biológicas características. Monohexosilceramidas estão aparententemente envolvidas nas transições morfológicas ou no crescimento dos fungos Pseudallescheria boydii, Candida albicans, Cryptococcus neoformans, Aspergillus nidulans, A. fumigatus e Schizophylum commune. A elucidação dos aspectos estruturais e funcionais dos cerebrosídios fúngicos pode contribuir para a descoberta de novos agentes antifúngicos que inibam o crescimento ou a diferenciação de espécies patogênicas.
ASSUNTO(S)
glucosilceramidas cerebrosídios glicoesfingolipídios fungos patogênicos terapia antifúngica