Streptococcus pneumoniae: sensibilidade a penicilina e moxifloxacina

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-02

RESUMO

OBJETIVO: Determinar a concentração inibitória mínima (CIM) de penicilina parenteral e moxifloxacina contra cepas de Streptococcus pneumoniae isoladas em um centro hospitalar. Métodos: Estudo in vitro prospectivo de 100 isolados de S. pneumoniae coletados de pacientes tratados entre outubro de 2008 e julho de 2010 no complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em São Paulo (SP). Os isolados foram obtidos de culturas do trato respiratório e de amostras de sangue não relacionadas a infecções meníngeas e foram testados quanto à suscetibilidade a penicilina e moxifloxacina por E test. As interpretações categóricas de CIM foram baseadas em padrões atualizados. RESULTADOS: Todos os isolados foram suscetíveis a penicilina parenteral (CIM < 2 µg/mL) e, consequentemente, eram também suscetíveis a amoxicilina, ampicilina, cefalosporinas de terceira e quarta geração e ertapenem. Quanto à moxifloxacina, 99% das cepas de S. pneumoniae também foram suscetíveis, e somente uma teve CIM = 1,5 µg/mL (intermediário). Conclusões: Nossos resultados mostraram altas taxas de sensibilidade a penicilina parenteral e moxifloxacin nos isolados de S. pneumoniae não relacionados a meningite, o que difere de relatos internacionais. Relatos sobre resistência a penicilina devem ser baseados em pontos de corte atualizados para isolados não relacionados a meningite a fim de guiar a escolha terapêutica antimicrobiana e melhorar a predição dos desfechos clínicos.

ASSUNTO(S)

resistência a medicamentos penicilina g infecções pneumocócicas streptococcus pneumoniae infecções respiratórias

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