STEFAN ZWEIG E O EXÍLIO: INTERPRETAÇÕES DO BRASIL DE UM CIDADÃO COSMOPOLITA

AUTOR(ES)
FONTE

Sociol. Antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo Este artigo tem por objetivo analisar Brasil, país do futuro, de Stefan Zweig, destacando os nexos que ligam essa obra, a um só tempo, aos contextos intelectuais brasileiro, norte-americano e europeu, assim como à escrita sobre o exílio, sobre a viagem e sobre o cosmopolitismo. O livro diz respeito a um diálogo tenso e cheio de desencontros entre Zweig e o meio brasileiro: entre o horizonte cosmopolita e multilíngue do autor, sua impossibilidade de pertencer e seu permanente desajustamento. Concebemos ainda Brasil, país do futuro como mais um manifesto da agenda antirracista dos anos 1930 e 1940, fruto dos diálogos cruzados que não se limitam ao pensamento sobre o Brasil, mas a uma pauta intelectual e política internacional em permanente discussão e circulação nos Estados Unidos e na Europa, e que tinha no Brasil uma espécie de campo de experimentação, de certificação, de positivação das relações humanas.

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