Status epilepticus: review on diagnosis, monitoring and treatment
AUTOR(ES)
Pinto, Lecio Figueira; Oliveira, João Paulo Santiago de; Midon, Aston Marques
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO O estado de mal epiléptico (EME) é uma emergência frequente, com alta morbi-mortalidade. Segundo nova definição da ILAE de 2015, EME acontece pela falha dos mecanismos responsáveis pelo término ou início das crises, sendo anormalmente prolongadas. Pela definição existem diferentes tempos entre EME convulsivo, focal e ausência. Tempo é cérebro. Ocorrem alterações nos receptores sinápticos, levando estado mais pró-convulsivante, com aumento risco de lesão cerebral e sequelas. O manejo do EME deve incluir três pilares: parar a crise, estabilizar o paciente para evitar lesão secundária e tratar a etiologia. EME convulsivo é definido quando duração é maior que 5 minutos e trata-se grande emergência. Os benzodiazepínicos são o tratamento inicial, devem ser administrados rapidamente e na dose adequada. Fenitoína/fosfenitoína, levetiracetam e ácido valpróico são opções com evidência para tratamento de segunda linha. Se EME persistir, uso dos anestésicos é provavelmente a melhor opção como terceira linha tratamento, apesar da falta de evidências adequadas. O midazolam costuma ser a melhor escolha inicial e os barbitúricos devem ser considerados para casos refratários. O EME não convulsivo tem abordagem inicial semelhante, com benzodiazepínicos e agentes segunda linha, mas após, a agressividade deve ser equilibrada considerando risco de lesão pelas crises e complicações pelo tratamento agressivo. A abordagem sugerida é uso de fármacos IV sequenciais (via oral/tubo quando opções IV não disponíveis). A monitorização por EEG é fundamental para o diagnóstico do EME não convulsivo, após controle inicial EME convulsivo e para controle do tratamento. Protocolos institucionais são recomendados.
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