Staphylococcus aureus resistente à ampicilina em ambiente de Clínica Odontológica

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-02

RESUMO

Foi avaliada a prevalência de Staphylococcus spp. e S. aureus no ambiente clínico odontológico, a produção de beta-lactamase e a susceptibilidade antibacteriana aos principais antibióticos utilizados na prática clínica. Durante 12 meses de coleta de amostras foram isolados 9775 UFC no meio de cultura AMS, demonstrando uma elevada quantidade de Staphylococcus spp. no ambiente clínico, provavelmente em decorrência da propagação de aerossóis. Um total de 3149 colônias (32,2%) foi sugestivo de estafilococos patogênicos. Coloração de Gram, teste de catalase, crescimento de colônias-malva sobre meio cromogênico e teste de coagulase confirmaram a identidade de 44 (0,45%) isolados de S. aureus. Destes, 35 isolados (79,5%) mostraram produção de beta-lactamase através de discos de CefinaseTM e resistência a ampicilina, eritromicina (7 isolados) e tetraciclina (1 isolado), sugerindo a existência de isolados multirresistentes. A avaliação do MIC de oxacilina através dos ensaios de Etest® mostrou padrões de susceptibilidade o que sugere a inexistência do gene mecA gene no DNA cromossômico. Estes resultados apontam para a necessidade de um maior conhecimento sobre os meios de contaminação e propagação deste microrganismo dentro da clínica odontológica.

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