Sono e síndrome da fragilidade em idosos residentes em instituições de longa permanência

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/04/2011

RESUMO

Introdução: O processo de envelhecimento ocasiona modificações na quantidade e qualidade do sono. Tais modificações afetam mais da metade dos adultos acima de 65 anos de idade, que vivem na comunidade e 70% dos institucionalizados, gerando impacto negativo na sua qualidade de vida. Uma das manifestações patológicas do envelhecimento que compartilha algumas características com as desordens do sono e prediz resultados similares é a Síndrome da Fragilidade, que caracteriza os idosos mais debilitados e vulneráveis. A maneira como os transtornos do sono desempenham um papel na patogênese da fragilidade permanece incerta. Objetivo: Avaliar a relação entre sono e síndrome da fragilidade em idosos institucionalizados. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, com 69 idosos residentes em instituições no município de João Pessoa - PB. Foram utilizados Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh e actigrafia para as variáveis subjetivas e objetivas do sono, respectivamente, e questionários e testes específicos para as variáveis do fenótipo de fragilidade (critérios de fragilidade de Fried). Na análise estatística utilizou-se o teste de correlação de Pearson, teste Qui Quadrado e ANOVA One-way, com pósteste de Tukey-Kramer. Posteriormente, foi construído um modelo de Regressão Linear Simples. Em toda análise estatística foi considerado um intervalo de confiança de 95% e um p <0,05. Resultados: A amostra foi caracterizada pelo predomínio de frágeis (49,3%), mulheres (62,3%), de solteiros (50,7%) e média de idade de 77,52 (7,82). Os idosos frágeis obtiveram pior qualidade de sono, 10,37 (4,31) (f = 4,15, p = 0,02), quando comparados aos não frágeis. A latência do sono foi a que mais influenciou a fragilidade (R2 = 0,13, β padrão = 1,76, β = 0,41, p = 0,001). Não foram encontradas diferenças entre as variáveis do padrão repouso-atividade e as categorias do fenótipo de fragilidade. Conclusão: As alterações do sono, incluindo má qualidade de sono, latência de sono prolongada, baixa eficiência de sono e sonolência diurna, influenciam a fragilidade em idosos institucionalizados

ASSUNTO(S)

idoso terceira idade ciclo sono-vigília actigrafia qualidade de sono fragilidade fisioterapia e terapia ocupacional elderly third age sleep-vigil cycle actigraphy sleep quality frailty

Documentos Relacionados