Somos expressão, não subversão! : a gurizada punk em Porto Alegre

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Esta Dissertação tem como objetivo discutir as diversas tramas narrativas pelas quais jovens ditos punks narram si mesmos, narram os outros e como são narrados em diversos espaços sociais de Porto Alegre. Tais sujeitos se encontram em espaços públicos da cidade, partilhando e atribuindo significados às suas práticas, através de vestimentas, músicas, bandas e diversos materiais que produzem por e para jovens punks de diversos lugares do mundo. Esses materiais, bem como as histórias contadas por alguns desses jovens, evidenciam diferentes posições de sujeito que ocupam, a partir dos lugares e dos papéis sociais que assumem. Os caminhos teóricometodológicos para esse estudo foram calcados no campo teórico dos Estudos Culturais e na etnografia pós-moderna, tendo nos diários de campo sua base para a construção de dados, além de conversas transcritas, textos de fanzines e imagens. Nas análises, focalizei os modos como tais jovens são representados nas narrativas de si mesmos e dos ‘outros’ acerca do ser/estar punk em Porto Alegre hoje, ano de 2006. Analisei também os pertencimentos dos jovens ao movimento punk, através dos processos de identificação pelos quais constituem suas identidades. Observou-se que através das práticas culturais específicas da cultura punk os jovens com os quais estive em contato se constituem como sujeitos, pertencendo ao grupo. A idéia de que é possível revolucionar o mundo a partir de transgressões às ‘ordens’ sociais pode ser entendida como uma oferta identitária para esses jovens. Observaram-se ainda diversos modos de ser/estar punk hoje em Porto Alegre, os quais são produzidos por um estado da cultura chamado de condição pós-moderna.

ASSUNTO(S)

young cultures porto alegre (rs) comportamento social juventude punk representação representation análise do discurso belonging juventude movimento punk subcultura

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