Sofrimento PsÃquico nas PrÃticas Gerenciais ContemporÃneas: uma anÃlise de histÃrias de vida de gestores sob a Ãtica construcionista / Psychic suffering in the contemporary management practices: an analysis of the managerâs life history under a constructionalist view.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Grande parte das transformaÃÃes acontecidas no mundo do trabalho e das organizaÃÃes comeÃou pelas mudanÃas ocorridas na sociedade. A maneira de viver e de perceber a vida provocou o surgimento de conflitos mentais nas pessoas em face da necessidade de, a um sà tempo, ter que atender Ãs demandas organizacionais e Ãs exigÃncias da vida moderna. Neste contexto, destacam-se os gerentes executivos que, envolvidos pelo poderio econÃmico do universo financeiro prÃprio dos dias atuais, vivem o dilema da pressÃo dos bancos por resultados crescentes e o desejo humano de melhor viver. Dessa forma, com esta dissertaÃÃo, busca-se investigar o sofrimento psÃquico daquele que gerencia, ou seja, interessa-se pelo sofrimento daquele que exerce o poder e, frequentemente, tem sido apontado como um agente ativo na construÃÃo do sofrimento das pessoas nas organizaÃÃes. Na busca de elucidar esta questÃo central e arregimentar evidÃncias que corroborem tais suposiÃÃes, com esta pesquisa, à luz do construcionismo social, buscou-se a investigar a trajetÃria de vida e profissional de gestores de banco, particularizando os sentidos atribuÃdos ao exercÃcio do poder e sua relaÃÃo com o sofrimento psÃquico ocasionado pelo isolamento e pela pressÃo, observados nas tarefas de gestÃo e lideranÃa organizacional dentro do ambiente bancÃrio. A utilizaÃÃo de entrevistas com os gestores objetivou, por meio de anÃlise das prÃticas discursivas, conhecer sua histÃria de vida e interpretar os sentidos atribuÃdos pelos gestores ao exercÃcio da gerÃncia e sua relaÃÃo com o sofrimento psÃquico proporcionado pela execuÃÃo da funÃÃo gerencial. Os repertÃrios interpretativos sobre as transformaÃÃes do mundo do trabalho e sobre o sofrimento psÃquico dos gerentes deram o suporte teÃrico-metodolÃgico à pesquisa, possibilitando a construÃÃo de categorias de anÃlises para a devida interpretaÃÃo dos sentidos, relatados ou subentendidos. A constataÃÃo e a confirmaÃÃo de que os gestores sofrem mentalmente emergiram diante da ambigÃidade do termo "sofrimento" que tanto à assumido na literatura como demonstraÃÃo da doenÃa mental quanto à tido como uma etapa anterior ao aparecimento desta no corpo e suas conseqÃÃncias. Dessa forma, o sofrimento foi abordado como uma dimensÃo contingente à vida e ao trabalho, e nÃo como um distÃrbio mental exclusivamente. O conhecimento e a noÃÃo do sofrimento, narrado pelos gestores, conduziu a duas vertentes significativas: a de que o seu destino eram a doenÃa e o padecimento futuro e a de que o simples fato de saber o que se passava era motivo para que se buscasse uma reestruturaÃÃo da rotina do trabalho e da vida pessoal, embora muitos nÃo conseguissem alterar a rota atual. Espera-se que o entendimento a respeito desse tema, a saber, as dificuldades enfrentadas pelos indivÃduos que vivem e convivem na seara dos bancos, neste caso, os gestores, possa fornecer informaÃÃes importantes para pesquisas mais aprofundadas nesta esfera organizacional, como tambÃm contribuir para que o fenÃmeno do sofrimento psÃquico seja diminuÃdo, nÃo sà nos bancos, mas no mundo do trabalho.atuais, vivem o dilema da pressÃo dos bancos por resultados.

ASSUNTO(S)

administracao de recursos humanos

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