Sobrevivência de Botrytis cinerea como micélio em restos de culturas de rosas e como escleródios no solo

AUTOR(ES)
FONTE

Fitopatologia Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-10

RESUMO

O mofo cinzento, causado por Botrytis cinerea, é doença importante em roseiras (Rosa hybrida) cultivadas em casas de vegetação no Brasil. Como pouco se conhece acerca da epidemiologia da doença nessas condições, avaliou-se a sobrevivência do patógeno em restos culturais e como escleródios. Restos de pétalas, folhas e hastes de roseira inoculados com B. cinerea foram colocados em sacolas de polietileno, que foram misturadas a restos culturais em canteiros de roseiras cultivadas sob estufa plástica. Observou-se alta percentagem de partes com esporulação do patógeno até 60 dias do enterrio das mesmas. A viabilidade do fungo decresceu em hastes e folhas, após 90 dias, e, em pétalas, após 120 dias. Houve esporulação em pétalas por até 360 dias, mas não em hastes ou folhas após 150 ou 240 dias, respectivamente. O patógeno sobreviveu por mais tempo em pétalas. Entretanto, hastes e folhas são importantes fontes de inóculo, por serem produzidas e depositadas em maiores quantidades nos canteiros. Quantificou-se, também, a sobrevivência de escleródios, cuja germinação foi superior a 75% e 50% nos primeiros 210 e até 360 dias, respectivamente. A massa dos escleródios reduziu, mas eles permaneceram viáveis por 360 dias. Não ocorreu produção de escleródios nas folhas e hastes enterradas, mas ocorreu nas pétalas, principalmente após 90 dias do enterrio. A germinação desses escleródios reduziu-se após 120 dias, mas estes permaneceram viáveis até 360 dias. Maior perda de massa e menor viabilidade ocorreram em escleródios produzidos nas pétalas que naqueles produzidos in vitro.

ASSUNTO(S)

rosa hybrida mofo cinzento epidemiologia controle

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