Sobrevida de pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida em hospital geral no Rio de Janeiro, a partir de dados da vigilância epidemiológica

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. saúde colet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

OBJETIVO: Estimar a sobrevida de pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) notificados e acompanhados no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) no período de 1986 a 2006. METODOLOGIA: Utilizou-se o modelo de riscos proporcionais de Cox estendido, considerando a data de diagnóstico como variável tempo-dependente, dividindo a análise em dois períodos: <1996 e ≥1996 (após a introdução de antirretrovirais no HFSE). RESULTADOS: Dos 1.300 casos analisados, 62% eram homens. As seguintes variáveis apresentaram razões de risco (HR) significativas: critério de notificação baseado na quantificação sérica de CD4<350 (HR=0,187); grupo diagnosticado a partir de 1996 (HR=0,355); faixa etária >50 anos (HR=1,386); disfunção do sistema nervoso central (HR=1,570); caquexia (HR=1,526); sarcoma de Kaposi (HR=1,376); candidíase (HR=1,295). A taxa de sobrevida geral em 5 anos foi 35,7% e, em 10 anos, 6,3%. Para os casos notificados através do critério CD4, a sobrevida em 5 e 10 anos foi 89,6%. CONCLUSÃO: Este trabalho agrega evidência ao aumento de sobrevida dos pacientes de SIDA, e aponta o critério CD4 e o grupo tratado a partir de 1996 como as variáveis com maior associação a esse aumento.

ASSUNTO(S)

síndrome de imunodeficiência adquirida análise de sobrevida serviços de vigilância epidemiológica vigilância epidemiológica

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