Sobrevida de pacientes com câncer de lábio, boca e faringe: um estudo de coorte de 10 anos
AUTOR(ES)
Schneider, Ione Jayce Ceola, Flores, Mayara Eloisa, Nickel, Daniela Alba, Martins, Luiz Gustavo Teixeira, Traebert, Jefferson
FONTE
Rev. bras. epidemiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Introdução: O câncer de lábio, boca e faringe é um sério problema de saúde. Altas taxas de incidência são encontradas no mundo. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste são as que apresentam maiores taxas de incidência. Objetivo: Descrever a taxa de sobrevida em cinco e dez anos em portadores de câncer de lábio, boca e faringe atendidos em um centro de referência de Florianópolis, SC. Métodos: Estudo de coorte histórica, realizado com dados de pacientes que tiveram diagnóstico entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2001 e acompanhados até 31 de dezembro de 2011. Foi realizada análise descritiva e estimada a sobrevida pelo método de Kaplan-Meier. O modelo semiparamétrico de Cox foi utilizado para estimar o risco de óbito. Resultados: As taxas de sobrevida ao final de 5 e 10 anos foram de 33,3 e 26,9%, respectivamente. O estadio clínico avançado ao momento do diagnóstico aumentou em 2,88 e 2,51 o risco de óbito, respectivamente. Sexo, etnia, nível de escolaridade, diagnóstico e tratamento prévios, bem como idade, não se mostraram significativamente associados. Conclusão: As taxas de sobrevida aos 5 anos foi de 33,3% e, aos 10 anos, foi de 26,9%. O estadio avançado mostrou-se como fator de risco independente para o óbito por câncer de lábio, boca e faringe nos dois períodos analisados.
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