Sobrecarga de ferro em pacientes talassêmicos brasileiros
AUTOR(ES)
Assis, Reijane Alves de, Kay, Fernando Uliana, Rosemberg, Laércio Alberto, Parma, Alexandre Henrique C., Nomura, Cesar Higa, Loggetto, Sandra Regina, Araujo, Aderson da Silva, Fabron Junior, Antonio, Veríssimo, Mônica Pinheiro de Almeida, Baldanzi, Giorgio Roberto, Steagal, Merula A., Velloso, Claudia Angela Galleni Di Sessa, Espósito, Breno Pannia, Nakashima, Sandra Saemi, Diniz, Michelli da Silva, Tricta, Fernando, Baroni, Ronaldo Hueb, Funari, Marcelo Buarque de Gusmão, Wood, John C., Ribeiro, Andreza Alice Feitosa, Hamerschlak, Nelson
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
Objetivo: Avaliar o acúmulo de ferro em diferentes órgãos por meio da ressonância nuclear magnética T2* e correlacionar os resultados aos níveis de ferritina sérica, ferro plasmático lábil e outros órgãos envolvidos. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 115 pacientes talassêmicos (sendo 65 mulheres). A concentração hepática de ferro foi determinada em biópsia de 11 pacientes; os resultados foram comparados com os valores de T2* fígado. Resultados: a ferritina sérica média foi de 2.676,5 +/- 2.051,7 ng/mL. O ferro plasmático lábil foi anormal (> 0,6 Unidades/mL) em 48/83 pacientes (57%). A média dos valores de T2* no fígado foi 3,91 ± 3,95 ms, sugerindo siderose hepática em 92,1% pacientes. A média do T2* cardíaco foi de 24,96 ± 14,17 ms e 36% dos pacientes apresentavam siderose cardíaca (T2* < 20ms), dos quais 19% (22/115) já apresentavam sobrecarga cardíaca grave (T2* < 10 ms). A média de T2* no pâncreas foi de 11,12 ± 11,20 ms, perfazendo um total de 83,5% de pacientes com sobrecarga de ferro pancreático (T2* < 21 ms). Houve correlação significativa, curvilínea e inversa entre T2* fígado e a concentração de ferro hepática (r = −0,878; p <0,001) e correlação moderada entre T2* pâncreas e T2* miocárdio (r = 0,546; p <0,0001). Conclusão: Uma elevada taxa de acometimento hepático, pancreático e cardíaco por sobrecarga férrica foi demonstrada. Os níveis de ferritina não puderam prever sobrecarga de ferro hepático, cardíaco ou pancreáticos medidos por meio da ressonância nuclear magnética T2*. Não houve correlação entre a sobrecarga de ferro no fígado, pâncreas e miocárdio, nem entre a ferritina e os níveis plasmáticos de ferro sérico e os valores de T2* no fígado, coração e pâncreas.
ASSUNTO(S)
transfusão de sangue imagem por ressonância magnética biópsia sobrecarga de ferro
Documentos Relacionados
- Análise das mutações do gene HFE e dos alelos HLA-A em pacientes brasileiros com sobrecarga de ferro
- Terapia quelante oral com deferiprona em pacientes com sobrecarga de ferro
- Sobrecarga de ferro e estresse oxidativo em pacientes submetidos a transplante de células precursoras hematopoiéticas.
- Sobrecarga de ferro e estresse oxidativo em pacientes submetidos a transplante de células precursoras hematopoiéticas (TCPH)
- Uso da fluorescência de raios X portátil (XRF) in vivo como técnica alternativa para acompanhamento dos níveis de ferro em pacientes com sobrecarga de ferro