Sobre o não saber ou a experiência da liberdade em mestre Eckhart
AUTOR(ES)
Adriana Andrade de Souza
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Falar do não-saber, em Eckhart, é remeter-se diretamente à noção de fundo da alma. Este trabalho consiste num relato do caminho da alma ao seu fundo, caminho cujo caminhar traduz um ir além da imagem, além da Trindade; caminho que é ele mesmo um retorno à Deidade. É nesse fundo que se dá a união última da alma com o divino e, simultaneamente, o nascimento de Deus. Para Eckhart todo o sentido desse nascimento depende de ele acontecer em cada um de nós: Santo Agostinho pergunta: o que me adianta que esta geração esteja acontecendo, se não acontece em mim? Tudo depende, pois, de ela acontecer em mim. (S.57). Segundo o autor, o conhecimento de Deus não se separa da vivência: conhecer Deus é também e, indissociavelmente, vivê-lo. Essa era a situação na qual se encontrava a cara Marta ou o não-saber: Marta simplesmente está sendo no tempo, ao modo e envio da interioridade. Nesse sentido, Eckhart vive a similaridade de dois aspectos: o Lesemeister, professor, leitor das escrituras; e o Lebemeister, o mestre da vida que, em conhecendo Deus, aprende também a vivê-lo. O que significa dizer que, em todo saber ainda humano estaria a aurora de uma realização ainda mais elevada compreendida como um não-saber que é divino
ASSUNTO(S)
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