Sob o fardo do ouro negro : as experiências de exploração e resistência dos mineiros de carvão do Rio Grande do Sul na primeira metade da década de 1930

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

No então município sul-rio-grandense de São Jerônimo, dentro da conjuntura do governo provisório de Getúlio Vargas e o principio da constituição das leis trabalhistas, em 1933, verifica-se o início de uma série de greves em uma comunidade mineira de carvão que vivia em um mundo próprio moldado pela esfera do trabalho, dominado pelo perigo e pela insalubridade do cotidiano nas minas. A vila operária, caracterizada pelo controle ostensivo das companhias, empunhava-se, relativamente, como dispositivo de controle e disciplina que dominava a vida mineira. Esses fatores não se restringiam ao momento e ao local de trabalho, mas invadiam a sua esfera doméstica. Ao utilizar o arranjo teórico de Thompson, podemos dizer que esses elementos formaram experiências compartilhadas que constituíram uma comunidade peculiar de operários, a qual formou costumes em comum e tradições como o companheirismo, que foi necessário à própria sobrevivência em um ambiente desfavorável. Materializou-se, assim, todo um estilo de vida envolvida em simbolismos resultantes do cotidiano de trabalho na mina e de vivência na vila operária. A forma como essas experiências foram tratadas pelos operários formou uma consciência de classe. A partir destas constatações, a presente monografia pretende analisar de que modo as experiências desses mineiros de carvão da então região de São Jerônimo (RS), elaboradas como consciência de classe, motivaram estes trabalhadores a entrarem em greve no período de 1933 a 1935.

ASSUNTO(S)

mineiros de carvão são jerônimo (rs) sindicalismo

Documentos Relacionados