Small size today, aquarium dumping tomorrow: sales of juvenile non-native large fish as an important threat in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Neotrop. ichthyol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/12/2017

RESUMO

RESUMO A venda de juvenis de peixes não-nativos de grandes dimensões, chamados de “peixes jumbo”, está aumentando entre aquaristas no Brasil. Neste trabalho, pesquisou-se este comércio informal pelo Facebook® de maio/2012 a setembro/2016, coletando-se informações sobre espécies, família, nomes vulgares/científicos, origem, tamanho juvenil, comportamento e número/frequência de exemplares disponíveis nas cinco regiões geográficas do Brasil. Também avaliou-se o risco de invasão das espécies mais vendidas usando o protocolo Fish Invasiveness Screening Test (FIST). Foram encontradas 93 espécies pertencentes a 35 famílias. Cichlidae foi a família dominante, e a maioria das espécies é nativa da América do Sul. Todas as espécies foram vendidas como juvenis (< 10.0 cm), e a maioria exibe comportamento agressivo. O híbrido Amphilophus trimaculatus × Amphilophus citrinellus, Astronotus ocellatus, Uaru amphiacanthoides, Osteoglossum bicirrhosum, Cichla piquiti, Pangasianodon hypophthalmus, Datnioides microlepis e Cichla kelberi foram as espécies mais comercializadas. A região sudeste apresentou a maior porcentagem de vendas, e o FIST mostrou que Arapaima gigas, C. kelberi e C. temensis foram consideradas de alto risco para desencadear invasões biológicas mediadas por descarte de aquários. Recomendações como a regulação do comércio, monitoramento, sacrifício das espécies e campanhas educacionais para os aquaristas são sugeridas para evitar futuras introduções de peixes via descarte de aquários.

ASSUNTO(S)

comércio ornamental invasividade invasões biológicas pressão de propágulos solturas de aquaristas

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