Sistemas de pensamento na educação e políticas de inclusão (e exclusão) escolar: entrevista com Thomas S. Popkewitz

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo Nos discursos pedagógicos contemporâneos, a defesa do direito à educação aparece quase sempre associada a enunciados de teor psicológico e/ou sociológico sobre a importância de se respeitar e levar em conta as diferenças individuais no ensino, condição considerada indispensável para tornar a escola inclusiva. Como se difunde essa convicção no campo educacional? E quais os seus efeitos nas reformas educativas, na formulação dos currículos, no trabalho dos professores e nas experiências vividas pelos alunos? A partir dessas e outras questões, tivemos a oportunidade e a alegria de entrevistar Thomas S. Popkewitz, Professor da Universidade de Wisconsin-Madison, que tem como um de seus principais interesses de pesquisa a formação histórica dos sistemas de pensamento, em particular o modo como se produzem, divulgam e implementam ideias no campo educacional, por meio da formulação dos currículos e reformas educativas. Nessa conversa, o autor emprega o conceito de alquimia para pensar sobre os modos como o currículo opera a conversão das disciplinas científicas em disciplinas escolares. Popkewitz considera que os currículos e reformas educativas expressam medo em relação às crianças que parecem refratárias à escolarização, as quais são vistas como uma ameaça ao futuro. Observa que essas crianças são o alvo das políticas de inclusão, as quais, no mesmo movimento que pretende incluí-las, as excluem ao nomear e tornar visíveis suas “diferenças”, percebidas como desvantagens.

ASSUNTO(S)

currículo formação de professores inclusão/exclusão

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