Sistemas automatizados empregando resina de troca ionica para determinação dos ions amonio, cloreto e sulfato em aguas naturais

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1991

RESUMO

Os íons amônio, cloreto e sulfato foram determinados através de métodos espectrofotométricos em amostras de águas naturais, mediante o uso de sistemas de análises químicas por injeção em fluxo (FIA) acoplado com uma minicoluna de troca iônica. O uso de um injetor automático controlado por um microcomputador permite, mediante a programação do tempo, que diferentes volumes da amostra e do eluente possam ser utilizados nas etapas de pré-concentração e eluição, respectivamente. Uma escolha adequada dos parâmetros operacionais, tais como: vazão e tempo de pré-concentração; vazão e tempo de eluição; natureza e concentração do eluente e condicionamento da resina é necessária para se obter maior eficiência do processo de troca iônica, menor dispersão e maior sensibilidade. Para avaliar a potencialidade da associação FIA com troca iônica, foram realizados experimentos visando determinar o fator de enriquecimento, a eficiência do processo de troca iônica junto com estudos de recuperação com amostras reais ou comparações com métodos estabelecidos como padrão. Matéria orgânica presente nas amostras é eliminada antes da etapa de pré-concentração, usando uma resina polimérica como o Sep-Pak (C18). Em alguns casos utilizou-se também o carvão ativo. Amostras reais foram analisadas obtendo-se uma velocidade analítica de 45 determinações por hora e um limite de detecção de 3 mg.L na determinação do íon amônio, enquanto que 22 determinações por hora e limites de detecção de 4 e 14 mg.L foram obtidos nas determinações dos íons cloreto e sulfato, respectivamente. Recuperação de quantidades conhecidas do íon cloreto foram de 97,0 a 109% para o íon sulfato obteve-se um percentual de 97,4 a 106%. A comparação dos resultados da determinação do íon amônio, com o método manual padrão do azul de indofenol, mostrou não existir diferenças entre os dois métodos, ao nível de confiança de 95%. Estes resultados confirmam a exatidão desta associação, sugerindo que a pré-concentração de íons inorgânicos com resina de troca iônica é satisfatória. Através dos sistemas automatizados propostos foi possível obter flexibilidade, simplicidade e rapidez na seleção dos parâmetros envolvidos nas etapas de pré-concentração e eluição, havendo possibilidade de serem programados para os diferentes tipos de amostra de águas continentais.

ASSUNTO(S)

troca ionica ions

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