Sintomas vocais e perfil de professores em um programa de saúde vocal

AUTOR(ES)
FONTE

Revista CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/04/2010

RESUMO

OBJETIVO: analisar sintomas vocais de dois grupos de professores que foram avaliados em momentos distintos de um programa de saúde vocal. MÉTODOS: correlacionar condições de trabalho e hábitos com o número de sintomas vocais apresentados por 411 professores, agrupados em G1 (256 sujeitos a serem submetidos ao programa preventivo) e G2 (155 sujeitos a serem submetidos ao programa preventivo e de tratamento). RESULTADOS: em ambos os grupos observou-se predomínio de mulheres (p = 0,550), entre 31 e 40 anos (p = 0,557), lecionando para mais de um grau de ensino (p = 0,345) com até 30 alunos/sala (p = 0,521), com presença de ruído no trabalho (p = 0,660), que relataram cuidados vocais (p = 0,231) e utilizavam voz extra-profissionalmente (p = 0,713), não tabagistas (p = 0,010) nem alcoolistas (p = 0,029). Em contrapartida, no G1 observou-se carga horária diária de trabalho de até 5 horas, enquanto a maior parte do G2 trabalhava de 6 a 10 horas (p < 0,001). Enquanto 51% do G1 não procuraram otorrinolaringologista/ fonoaudiólogo por alterações vocais, 68,38% do G2 já o haviam feito (p < 0,001). O número de sintomas vocais foi elevado para ambos (> 4) os grupos; sendo a média de 3,5 (57%) para G1 e 5,8 (98,05%) para G2 - (p < 0,001). CONCLUSÃO: apesar de perfis semelhantes, houve média maior de sintomas vocais no G2, demonstrando que estes procuraram o serviço fonoaudiológico com maior risco de alteração vocal, possivelmente devido à mudança de intervenção do programa que, oferecendo a reabilitação vocal, atraiu professores com mais alterações. Assim, são importantes programas de saúde vocal tanto focados em prevenção quanto tratamento vocal, pois contribuirão para a qualidade de trabalho e de vida desses profissionais.

ASSUNTO(S)

voz sintomas hábitos condições de trabalho distúrbios da voz

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