Síntese e caracterização de nanoestruturas magnéticas como agente de contraste em imagens biomédicas
AUTOR(ES)
Francisco António Paquete Lima
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
24/08/2012
RESUMO
Nesse trabalho investigou-se a síntese e caracterização morfológica, estrutural e magnética de nanopartículas de óxido de ferro, recobertas com dextran e funcionalizadas com grupos amina, úteis como uma plataforma de agentes de contraste para imageamento por ressonância magnética. Para a síntese, foi usado o método de coprecipitacão do Fe (III) e Fe (II) com hidróxido de amônio. Foram sintetizados três lotes de amostras. A análise de amostras de cada um dos lotes revelou algumas diferenças quanto à estabilidade frente a aglomeração e a concentração de ferro (variando de 8 -10 mg/mL). Foi observado por Espalhamento de Luz Dinâmico uma distribuição estreita de tamanho das nanopartículas em todos os casos, com um diâmetro hidrodinâmico médio em torno de 5-8 nm, confirmados pelas imagens de TEM (Microscopia Eletrônica de Transmissão). Através de análise de Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS) e Retroespalhamento Rutherford (RBS) obtivemos uma distribuição elementar compatível com a do óxido de ferro, e padrão de decomposição térmico dominado pelo recobrimento polimérico demonstrado nas curvas do análise termogravimétrica (TGA). Curvas de magnetização obtidas por um Magnetômetro de Gradiente de força Alternada (AGFM) confirmaram a característica magnética das partículas e ausência de histerese. Medidas de relaxividade magnética nuclear foram feitas diretamente num equipamento de imagens por ressonância magnética (MRI) através de um phantom contendo amostras com diferentes concentrações das nanopartículas de óxido de ferro (FeNP). O estudo da relaxação magnética em objetos teste indicou um efeito claro de perturbação do sinal pelas partículas, com diminuições do tempo de relaxação longitudinal (T1) e do tempo de relaxação transversal (T2) em soluções aquosas, confirmando a obtenção do efeito de contraste desejado, com relaxividades que variaram entre 41 e 24 mM-1s-1 para relaxividade (r2) e 2,0 a 1,7 mM-1s-1 para a relaxividade (r1). Concluímos que, o método químico por coprecipitação de Fe(II) e Fe(III) utilizado na síntese de nanopartículas magnéticas mostrou-se apropriado para produzir nanopartículas (NPs) com propriedades adequadas para uso como agente de contraste em imagens por MRI
ASSUNTO(S)
engenharia de materiais engenharia quÍmica nanopartÍculas Óxidos imagem por ressonÂncia magnÉtica engenharias
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4369Documentos Relacionados
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