Síndrome Pós-COVID-19 e cirurgia plástica: relato de caso de paciente com retorno de sintomas respiratórios em pós-operatório de mamoplastia redutora

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FONTE

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Introdução: Com o surgimento do conceito de síndrome Pós-COVID-19, o RT PCR negativo, isoladamente, não deve representar a completa recuperação da doença. Nesse contexto, interroga-se: qual segurança de operar um paciente que já apresentou COVID-19? Relato de Caso: Paciente feminina, 36 anos, apresentou COVID-19, com sintomas leves, em dezembro de 2020. Já com resultado negativo de RT-PCR e assintomática, foi submetida a mamoplastia redutora, em janeiro de 2021, utilizando-se a técnica de pedículo inferior do tipo I de Liacyr Ribeiro, com ascensão do complexo areolopapilar (CAP) pela manobra de Letterman. No primeiro dia de pós-operatório, reabriu quadro gripal sintomático e o manteve durante todo o período pós-operatório. Apesar do tratamento satisfatório da necrose parcial de CAP direito, a paciente manteve sintomas respiratórios e sistêmicos sugestivos do retorno do quadro de COVID-19 em pós-operatório tardio. Discussão: Define-se síndrome Pós-COVID-19 como a persistência dos sintomas de COVID-19, por pelo menos 6 meses, após fase aguda da infecção. A fisiopatologia da síndrome não é completamente elucidada, todavia propõe-se relação com a síndrome de Ativação Mastocitária. No relato, ressaltamos a proximidade cronológica entre a infecção por SARS-CoV-2 e o retorno de sintomas respiratórios e sistêmicos sugestivos da síndrome Pós-COVID-19, assim como enfatizamos a necessidade de conhecer os possíveis sintomas e complicações desta síndrome, sobretudo no contexto de pós-operatório. Conclusão: É evidente a necessidade de análise pré-operatória minuciosa em pacientes com histórico clínico de infecção pelo COVID-19, uma vez que há maior risco de complicações pós-operatórias.

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