Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica: revisão

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-08

RESUMO

RESUMO A síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e a necrólise epidérmica tóxica (NET) são doenças mucocutâneas pouco frequentes, agudas e potencialmente ameaçadoras à vida. Representam uma reação de hipersensibilidade e podem ser desencadeadas por fármacos, infecções e neoplasias. Dentre os principais medicamentos descritos como causadores do quadro estão o alopurinol, alguns antibióticos do grupo das sulfonamidas, anticonvulsivantes, como carbamazepina, e alguns anti-inflamatórios não esteroidais. A necrose dos queratinócitos manifesta-se clinicamente pelo descolamento epidérmico, levando a um aspecto de pele escaldada. A erupção inicia-se no tronco, com posterior generalização, geralmente poupando as áreas palmoplantares. As máculas tornam-se violáceas e há descolamento epidérmico, dando origem a bolhas flácidas, que confluem e se rompem, deixando áreas extensas erosadas. A pele perilesional apresenta sinal de Nikolsky positivo. A SSJ e a NET representam espectros da mesma doença, diferenciando-se pelo grau de descolamento epidérmico. O tratamento da SSJ e da NET é fundamentado em três medidas: retirada da droga ofensora, especialmente as medicações conhecidamente de alto risco; medidas de suporte e intervenções ativas. O diagnóstico precoce da entidade, o reconhecimento do agente causal e a retirada imediata do fármaco são as mais importantes ações, visto que a evolução dos casos é muitas vezes rápida e fatal.

ASSUNTO(S)

síndrome de stevens-johnson necrólise epidérmica tóxica erupção por droga

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