Síndrome de Down: caminhos da vida
AUTOR(ES)
Sonia Casarin
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Este trabalho visou analisar o universo relacional da pessoa com síndrome de Down, verificando a relação entre as necessidades do desenvolvimento e os contextos interacionais, buscando compreender a mutualidade de influencia existente entre a pessoa e tais contextos. A síndrome de Down provoca alterações abrangentes no desenvolvimento e os efeitos dessas alterações podem ser diminuídos por meio da estimulação dos diversos aspectos desse desenvolvimento. A estimulação realizada de forma integrada, que articula indivíduos e contextos envolvidos, pode proporcionar maiores benefícios para o desenvolvimento da pessoa que tem a síndrome. Para o Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano, o desenvolvimento é resultado da interação entre as dimensões pessoa, processo, contexto e tempo. Essa abordagem integrada do desenvolvimento humano mostrou-se adequada para o estudo da relação entre as necessidades do desenvolvimento e os contextos interacionais na síndrome de Down. Este estudo envolveu quatro participantes com síndrome de Down que se encontram em fases diferentes do curso de vida, ou seja, infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. Além das pessoas que têm a síndrome, foram envolvidos neste estudo outros contextos de sua vivência: família, escola, local de trabalho e atividades esportivas. A pesquisa foi realizada por meio de estudos de caso e a entrevista foi utilizada como instrumento para a obtenção de dados. Os dados obtidos foram analisados utilizando-se dos conceitos do Modelo Bioecológico e foi constatado que em todas as fases da vida a família aparece como principal impulsionadora do desenvolvimento humano, sobretudo das pessoas com síndrome de Down. As condições da sociedade ampla influenciam a maneira como a família utiliza seus próprios recursos. Quando as condições de contextos mais amplos são adversas, os recursos são encontrados na rede social de apoio da família. Quando as condições sociais são favoráveis, a família faz uso da oportunidade de escolha dos serviços da comunidade que considera mais satisfatórios para os filhos. As condições que a sociedade oferece não garantem que o grupo familiar siga caminhos predeterminados, pois muitas opções são determinadas por características pessoais e familiares. Assim, apesar da abertura social, a família pode viver ambigüidades e contradições que influenciam o desenvolvimento da pessoa que tem a síndrome de Down
ASSUNTO(S)
curso de vida life course down syndrome contextos sindrome de down -- pacientes sindrome de down -- relacoes familiares development desenvolvimento psicologia síndrome de down context
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4457Documentos Relacionados
- SÍNDROME DE DOWN: IRMÃOS FAZEM DIFERENÇA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PAIS?
- Qualidade de vida de familiares de crianças portadoras da Síndrome de Down: perspectiva de mães
- CAMINHOS TRILHADOS NA COMPREENSÃO DA REPRESENTAÇÃO ESCRITA POR UMA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN: UM ESTUDO DE CASO
- Síndrome de Down: epidemiologia e alterações oftalmológicas
- Independência da criança com síndrome de Down: a experiência da família