Síndrome de Burnout em Agentes comunitários de saúde e estratégias de enfrentamento

AUTOR(ES)
FONTE

Saúde e Sociedade

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-09

RESUMO

Esta investigação propõe-se a verificar a ocorrência da Síndrome de Burnout em Agentes Comunitários de Saúde, visto que esses profissionais trabalham diretamente no cuidado a outras pessoas - característica prevalente em tal Síndrome -, bem como as estratégias de enfrentamento utilizadas. Optou-se pelo método descritivo, transversal e quantitativo. Foram aplicados o questionário Maslach Burnout Inventory (MBI) e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). A amostra constituiu-se por 80 ACS, escolhidos aleatoriamente entre aqueles admitidos há pelo menos dois anos no serviço público municipal. Verificou-se que se trata de uma amostra predominantemente do sexo feminino (93,75%), com filhos (68,75%), na faixa etária de 20 a 30 anos (35%) e com companheiro fixo (60%). A renda per capita de 38,75% é de menos de um salário mínimo; 53,04% estão nesse trabalho há mais de seis anos e relatam ter vida sedentária. O MBI revela um sentimento de deterioração da percepção da própria competência dos profissionais e, também, falta de satisfação com o próprio trabalho. Eles demonstram estar emocionalmente esgotados e verifica-se o desenvolvimento incipiente de sentimentos e atitudes negativas, além de cinismo para com as pessoas por eles atendidas. O Modo de Enfrentamento mais utilizado são as estratégias focalizadas no problema, seguidas pela busca de práticas religiosas/pensamento fantasioso. Verificam-se indícios de sofrimento característicos da Síndrome de Burnout, com o esforço de buscar mecanismos que auxiliem no enfrentamento de problemas relacionados ao trabalho. Sugerem-se estratégias de acolhimento a esses profissionais, de forma a auxiliá-los a lidar com o sofrimento no trabalho.

ASSUNTO(S)

estresse burnout saúde ocupacional

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