Simulação de Eventos Atmosféricos com um Modelo de Interface Atmosfera-Hidrologia

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. meteorol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Este estudo tem como objetivo avaliar a importância de uma representação conceitual dos processos hidrológicos na modelagem da circulação atmosférica. Ele compara os resultados de um modelo atmosférico regional que interpreta os processos hidrológicos da superfície terrestre por meio de parametrizações com os resultados de um modelo que tem uma interface hidrologia-atmosfera. Ambos os modelos numéricos foram aplicados a uma região que cobre a bacia do Rio Grande. Os mesmos dados de entrada e de condições inciais e contorno foram usados para um período de simulação de 31 dias. Os resultados obtidos a partir dessas simulações foram comparados com imagens de satélite visíveis e medições de estações pluviométricas para três estudos de caso que incluíram: uma frente fria, nuvens convectivas e condições atmosféricas estáveis. Ambos os modelos conseguiram reproduzir padrões regionais de circulação de ar e precipitação influenciados pela orografia da bacia. No entanto, os processos atmosféricos impulsionados por gradientes espaciais de temperatura da superfície da terra ou aquecimento local da superfície foram melhor representados espacialmente pelo modelo de interface Atmosfera-Hidrologia do que pelo modelo atmosférico regional. Como áreas caracterizadas por gradientes espaciais de temperatura da superfície terrestre e aquecimento local da superfície estão associadas a fluxos de ar convergentes perto da superfície terrestre e forte movimento vertical na troposfera média, esta descoberta reforçou o papel de uma boa representação dos processos hidrológicos da superfície terrestre para uma melhor modelagem da atmosfera.

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