Silêncio e literatura: as aporias da testemunha
AUTOR(ES)
Basevi, Anna
FONTE
Alea
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
Partindo do debate sobre os limites da linguagem diante da tragédia do extermínio nazista, pudemos constatar que a falta de respostas aos interrogativos sobre a Shoah é preenchida pelas tentativas da literatura de representar o evento gerando um discurso que inclua as lacunas, as impossibilidades, os paradoxos. As testemunhas deparam-se com dificuldades e aporias (entre as quais "o paradoxo de Levi" proposto por Agamben), vivenciam a "síndrome" do Velho Marinheiro, mas não são ouvidos ou atravessam as diversas décadas e fases históricas em silêncio até começar a contar sua experiência. Escritores como Primo Levi, Robert Antelme, Elie Wiesel, Jorge Semprún, Imre Kertész procuram o caminho da literatura onde o recurso da fabulação tenta superar as falhas da linguagem.
ASSUNTO(S)
aporias literatura silêncio shoah testemunho
Documentos Relacionados
- Um filósofo nos meandros da literatura: Agamben e as categorias italianas
- Cibercultura e literatura: hipertexto e as novas arquiteturas textuais
- Física e literatura: construindo uma ponte entre as duas culturas
- TEORIA DA RELEVÂNCIA E TEORIA DA LITERATURA: AS TEORIAS CIENTÍFICAS E AS TEORIAS CRÍTICAS DEVEM SER (RE)CONCILIADAS?
- História da educação e literatura: possibilidades de relações