SHOULD ROUTINE LIVER BIOPSY BE CONSIDERED IN BARIATRIC SURGICAL PRACTICE? AN ANALYSIS OF THE LIMITATIONS OF NON-INVASIVE NAFLD MARKERS

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FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Contexto Marcadores não-invasivos são ferramentas úteis e práticas para avaliar a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), porém, a biópsia hepática continua sendo o método padrão-ouro. A biópsia pode ser facilmente obtida em indivíduos submetidos à cirurgia bariátrica, mas não há evidências definitivas acerca da relação entre custos, riscos e benefícios de sua realização sistemática. Objetivo Comparar a acurácia diagnóstica de métodos não-invasivos com a biópsia hepática para detecção e estadiamento da DHGNA em obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Métodos Trata-se de um estudo transversal, observacional e descritivo que envolveu indivíduos que se submeteram à cirurgia bariátrica de 2018 a 2019 em um hospital universitário público terciário. Ultrassonografia (US), índice de esteatose hepática (HSI), Escore Clínico de Esteato-hepatite Não-Alcoólica (C-NASH), Índice de Hipertensão, alanina aminotransferase (ALT) e resistência à insulina (HAIR), Razão entre aspartato aminotransferase (AST) e plaquetas (APRI), Escore de Fibrose da DHGNA (NFS) e índice de massa corporal (IMC), relação AST/ALT e diabetes (BARD) foram os métodos comparados com o exame histopatológico de biópsias hepáticas em cunha coletadas durante a cirurgia. Resultados De 104 indivíduos analisados, 91 (87,5%) eram do sexo feminino. A média de idade foi de 34,9±9,7 anos. Não houve morbidade relacionada à biópsia. As respectivas acurácias globais de cada marcador analisado foram: US (79,81% para esteatose), HSI (79,81% para esteatose), HAIR (40,23% para esteato-hepatite), C-NASH (22,99% para esteato-hepatite), APRI (94,23% para fibrose avançada), NFS (94,23% para fibrose avançada) e BARD (16,35% para fibrose avançada). Discussão: Considerando a alta prevalência de doença hepática nesta população, mesmo os mais acurados destes marcadores não apresentaram poder discricionário suficiente para detectar e/ou descartar os aspectos da DHGNA que foram desenvolvidos para avaliar em comparação com a biópsia hepática, que é segura e de fácil obtenção nestes pacientes. Conclusão A biópsia hepática em cunha durante a cirurgia bariátrica auxilia no diagnóstico e estadiamento da DHGNA, apresenta baixo risco e custos aceitáveis e, dadas as limitações dos métodos não-invasivos, é justificável e deve ser considerada na rotina bariátrica.

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