Sexualidade fronteiriça: experiências identitárias e caminhos de inclusão de mulheres com orientação sexual não heteronormativa nascidas de casais multiculturais

AUTOR(ES)
FONTE

REMHU, Rev. Interdiscip. Mobil. Hum.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-08

RESUMO

Resumo O artigo examina os processos de identificação de mulheres nascidas de casais multiculturais (um parceiro italiano e o outro estrangeiro), para explicar a complexidade dos processos de autodeterminação de mulheres com sexualidade não heteronormativa que vivem em famílias multiculturais. Com base no paradigma da interseccionalidade, analisaremos como categorias biossociais como sexo, gênero, orientação sexual, classe, nome, cor da pele, antecedentes familiares podem influenciar os processos de autodefinição de identidade e gerar discriminação múltipla. Inspirados pelos pensamentos de Gloria Anzaldúa, destacaremos como as garotas evitam modelos heteronormativos comuns, não apenas da sociedade em geral, mas da própria comunidade LGBT. Também aplicamos uma metodologia utilizada na educação não formal, que nos permitiu explorar como as mulheres entrevistadas colocavam à prova diferentes aspectos de si mesmas, negociando-os nos diferentes cenários da vida cotidiana, na tentativa de neutralizar situações pelas quais elas podem se sentir estigmatizadas e oprimidas.

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