Sexo por “oitavas”: o “torpe” uso dos corpos e a escravidão em Minas Gerais no século XVIII
AUTOR(ES)
Souza, Alexandre Rodrigues de
FONTE
Revista Brasileira de História
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
RESUMO O meretrício foi uma realidade no território minerador durante o Setecentos. Mas esta atividade muitas vezes foi confundida com outros comportamentos sociais mais visíveis, como o concubinato, os “tratos ilícitos”, o adultério ou as relações entre pessoas desiguais. Aqui se argumenta que a prática social de sexo por “oitavas” era um meio de adquirir recursos, num contexto de economia mineradora e escravista, onde havia grande circulação de riquezas. Analiso termos, diálogos e valores que fundamentam o lugar econômico do meretrício na capitania de Minas Gerais durante a primeira metade do século XVIII, utilizando como fonte as visitas pastorais e um dicionário produzido por Antônio da Costa Peixoto em Vila Rica, Minas Gerais, no qual o autor apresenta frases e termos da “língua mina”, idioma do grupo Gbe da África Ocidental, traduzidas para “palavras portuguesas correspondentes”.
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