Seria a moralidade determinada pelo cérebro? Neurônios-espelhos, empatia e neuromoralidade

AUTOR(ES)
FONTE

Physis: Revista de Saúde Coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O objetivo do artigo é analisar o impacto do progresso das neurociências, em particular da descoberta dos neurônios-espelhos, sobre as teses referentes à moralidade. Analisamos as tentativas atuais de naturalizar a moralidade baseadas nessa descoberta, a partir da qual se reduzem os princípios éticos a propriedades biológicas da natureza humana. Investigamos como os estudos em psicologia sobre a função da empatia, da capacidade de se colocar na perspectiva do outro e da simulação corporificada ganharam nova credibilidade, poder explicativo e, sobretudo, relevância teórica por causa da descoberta dos sistemas de neurônios-espelhos. Como parte desse movimento, observamos novas tentativas nas pesquisas atuais em estabelecer conexões funcionais e possivelmente causais entre o cérebro e o pensamento moral. Consideramos, numa perspectiva crítica, essas tentativas e a busca renovada pela formulação de uma ética naturalizada.

ASSUNTO(S)

neurônio espelho empatia ética naturalismo neuromoralidade

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