Sérgio Alves Teixeira (1932-2020)

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

Resumo O artigo problematiza a categoria nativa de antijogo, circunscrita em princípio aos domínios esportivos, embora seja sabido que se está diante de uma daquelas metáforas que facilmente escapam da seara originária para se converter em noção geral do simbolismo acomodado em múltiplas práticas. Antijogo como má conduta, comumente tipificada como ação individual, está correlacionado à ideia de estabilidade normativa que ampara as relações e práticas esportivas, mas também pode remeter ao domínio da sociabilidade em contextos mais amplos em que aparece significando burla e contrafação. Neste artigo procuro não apenas rever criticamente a noção de antijogo como suposta antítese daquilo que ao longo do tempo se estabeleceu como substrato dos esportes, isto é, os jogos e passatempos desdobrados no interior dos Estados nacionais, tomando o futebol como exemplo, mas também enfrentar uma questão metodológica que assume o regime da diferença e não necessariamente o da identidade como fundamento das conceitualizações repostas em noções correntes que amparam algumas definições de jogo e, por simples inércia antagônica, as de antijogo.

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