“Seres andróginos em aventura, mas que loucura”: The Rock Horror Show: O espetáculo musical e a censura (1975)

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FONTE

Varia Historia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Este artigo aborda o espetáculo musical The Rock Horror Show, que foi encenado no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro, em 1975. No texto, apresento a análise dos mecanismos da censura, durante o processo de abertura política no Brasil, através dos pareceres da Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) para a liberação do espetáculo e das canções integrantes do long play (desdobramento do espetáculo). O estudo parte das seguintes indagações: se a censura das diversões públicas estava pautada pela dimensão moral, ou seja, orientada em defesa da “moral e dos bons costumes”, com quais argumentos os censores justificaram a liberação do espetáculo, que afrontava a moral conservadora, questionava os valores tradicionais, e apresentava temáticas tabus (como virgindade, androginia, incesto, bissexualidade, homossexualidade, práticas sexuais não convencionais, sadismo e uso de drogas)? Por que o espetáculo foi liberado, sem cortes, apenas com a classificação para maiores de 18 anos, e algumas canções foram vetadas? Problematizo, ainda, a repercussão na imprensa, nos jornais Jornal do Brasil, Diário de Notícias, Opinião, Folha de São Paulo e nas revistas O Cruzeiro e Manchete, para discutir a recepção da peça em meio à crítica teatral.

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